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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

No fim das contas...

“No wealth, no silver, no gold.

Nothing satisfies me, but your soul”

- Oh Death, Jen Titus.


Boa noite amigos e curiosos leitores, esta segunda-feira abre a semana da morte neste Blog, vou abordar sobre coisas que podem trazer calafrios a alguns, mas pode trazer paz a outros, vou falar sobre a morte e seus mistérios no prisma do neo/paganismo nórdico.


A princípio o que é morte? A morte é algo natural e a natureza é perfeita em seu todo. Morte não é um mito, é um fato. Morte não é uma pausa na existência, mas um estado de transição. Morte não se aplica só a seres de padrão biológico, mas a tudo que alcance desde o plano espiritual, passando pelo o plano das idéias, ainda no plano das formas e inclusive no plano das coisas vivas ou não. A ciência já nos revelava através da Lei de Lavoisier que na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.


A morte é um agente terminativo e transformador, seu aspecto terminativo que nos faz pensar no fim de todas as coisas é a pausa da forma de ser e seu aspecto transformador é exatamente sua função após a pausa, destinar um novo rumo ao que deixou de ser, por isso os mortos são guiados aos seus devidos lugares nas inúmeras mitologias e aqueles que querem permanecer no plano errado são levados na Caçada Selvagem. Seres morrem, idéias morrem, sentimentos morrem, impérios caem, destinos deixam de ocorrem se assim for a vontade das Nornes e não há muito que você possa fazer, a não ser adiar, mas cedo ou tarde este agente vai encontrar você e então...


A morte tem a sua beleza e sua perfeição, pois ela não comete enganos. Ela dá a nós a possibilidade de mudar um comportamento que nos prejudica, deixar uma idéia que não nos faz evoluir, dá espaço a novas formas de vida, a melhores formas de pensamento, a capacidade de evoluir no plano espiritual e também recicla o mundo daqueles que dela tentam fugir de seu ciclo natural. Para o paganismo e conseqüentemente para nós neo/pagãos a morte não deve ser algo a ser temido. Ela é a transição de estados, não é uma pausa eterna, muito menos o fim absoluto. Graças a ela podemos louvar nossos ancestrais também.


O que as pessoas realmente temem é o desconhecimento do que ocorre após a transição, como disse antes o medo é a sombra da ignorância que cessa com a luz do conhecimento, a iluminação. A medida que mais sabemos, menos temos a temer. As pistas estão ai em todos os lugares. Depois de todo inverno há uma primavera, depois de um casulo aparentemente morto há uma borboleta, depois de toda destruição há uma reconstrução, depois de toda perda há uma nova aquisição, depois de todo objetivo alcançado há um novo objetivo a se buscar. As coisas morrem ao nosso redor a cada segundo a todo o momento e não vivemos num cemitério nem em perpétuo luto por conta disso, segundo algumas crenças até nossos deuses vão morrer/morreram, mas após essa morte eles ascendem a um plano superior, parte do conto que muita gente esquece.


Apenas reflita sobre isso, se tudo fosse feito para um dia terminar e se tornar um nada, não haveria motivo para ter ser desde o começo, inútil esforço cósmico de eras e eras! Esse papo pode parecer muito "cabeça", mas é algo tão simples quanto ver a natureza e aprender observando-a que a vida nunca cessa apenas muda de forma e a morte é quem viabiliza essa mudança. Espero que com esse texto essa idéia de fim absoluto tenha morrido para dar lugar a uma melhor observação do assunto.


Por fim, deixo para vocês um texto também de presente falando sobre como a morte era encarada pelos nossos ancestrais, antepassados e etc. Os vikings tinham a sua opinião esse texto de cunho acadêmico vai expor ela para matar essa dúvida em vocês, rs.


Bom começo de semana e vamos nos falando até o fim dela.


- Heiðinn Hjarta.

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